sábado, 2 de abril de 2016

Recomendação: Pinocchio (dorama)

NÃO HAVERÁ  SPOILERS (SÓ UM POUCO DO EPISÓDIO 1) as imagens e gifs aqui postados também não serão de grande comprometimento ;)




Oláa pessoas!!! Resolvi trazer algo extremamente particular para compartilhar com vocês, o meu drama favorito, Pinocchio!!!



Queria deixar ressaltado que eu não li nenhuma sinopse desse drama para me basear nessa recomendação, ela está sendo feita através da minha visão e ponto de vista sobre esta preciosidade.
Sinceramente este será um enorme desafio para mim, pois tentarei passar um pouco da história sem dar muitas informações importantes (pois senão vocês não terão interesse se eu entregar tudo).

Esse drama primeiramente, tem esse nome pelo fato de uma síndrome, chamada por eles de Síndrome de Pinocchio, que se baseia em pessoas que soluçam toda a vez que contam uma mentira.




A história gira em torno de Choi Dal Po, que do dia para noite presencia toda a sua família sendo destruída por uma tragédia, que na verdade foi apenas o início de seu colapso.

O drama aborda de forma profunda a concepção de verdades e de mentiras, de como muitas vezes elas podem destruir famílias inteiras, como foi no caso da dele.

Após um grave acidente em uma fábrica, nove bombeiros são mortos num incêndio ficando apenas desaparecido o corpo do chefe dos bombeiros, pai de Choi Dal Po. Uma testemunha que possui a sindrome de Pinocchio afirma que viu o pai dele um dia depois do acidente, e a palavra dele se torna a verdade, sendo assim propagada por uma jornalista que passa por cima de tudo, sendo verdade ou mentira, para estar na frente dos outros telejornais.


Sem escrúpulos, ela atormenta a família de tal forma até que eles começam a ser agredidos e exclusos do local onde vivem.



Fazendo com que chegasse um momento em que a própria mãe desistisse de tudo, fazendo assim a vida de Dal Po mudar totalmente.


Após alguns meses, é mostrado pelo drama que o garoto se encontra seguro, na casa de um velho homem que mora numa vila afastada da cidade, zona rural, o senhor tinha vários problemas de memória e acreditava que o garoto era o filho dele (Choi Dal Po vira o nome dele a partir da aí), que morreu a anos atrás, mas que as mesmas águas que o levou aquela vez o devolveu agora após 30 anos passados. Ele por consequência, precisava de um pai, e como o senhor passava mal toda vez que levava um choque de realidade, ele optou por aceitar essa mentira e foi adotado legalmente pelo senhor como seu filho, Choi Dal Po. Logo em seguida o filho vivo desse senhor decide ir morar com o pai doente levando assim a sua filha junto, Choi In Ha, que por sua vez também possui a síndrome de Pinocchio, de primeira houve conflitos, mas eles conseguiram chegar num acordo sem que o senhor soubesse, e ele passa a ser o irmão mais velho e tio da menina da mesma idade que ele, porém mais alta.

Eles começam a se dar bem com o tempo que convivem junto, mas o destino age contra ele o tempo todo, fazendo com que ele descobrisse algo de Choi In Ha, algo que ela não tem culpa, mas que faz mudar toda a história, tudo que ele planejava poderia ser extremamente cruel e doloroso para ela, fazendo assim com que ele tivesse que escolher entre sentimentos e justiça.


Eu não dei um spoiler completo do primeiro episódio (PRA VOCÊS TEREM NOÇÃO QUE AINDA TEM MUITA HISTÓRIA PRA CONTAR), tem bem mais coisa ainda, mas isso é o necessário para se entender a história. Vai falar muito sobre jornalismo no drama, eu que não era fã acabei ficando em dúvida sobre a minha profissão (risos), além de falar da mídia, como as notícias podem ser corrompidas, sobre preconceito em ambiente de trabalho.. enfim, muita coisa!!!

Eu sou suspeita em falar (já que é o meu dorama favorito) mas tenho certeza que vocês irão partilhar do mesmo sentimento que eu, os atores principais, Lee Jong Suk e Park Shin Hye são surpreendentemente ótimos, os personagens tem personalidades incríveis e a história não se torna monótoma no seu decorrer, o que estão esperando? ASSISTAM, ASSISTAM, ASSISTAM!!!

-n






sexta-feira, 1 de abril de 2016

Capítulo 2

Havia se passado uma semana desde tudo aquilo, realmente como ele premeditava, ficaria por pouquíssimo tempo na pousada, ficando menos de um dia ali, sexta-feira passada foi realmente um dia marcante, Dante foi com o Augusto para a pousada e pegaram ali  todas as suas coisas e foi para a casa deles, da mesma maneira que era bonita por fora, também era por dentro, na hora do jantar, antes de se servirem o Augusto tomou a frente para fazer as apresentações, “Este é o Dante, sobrinho da Júlia e primo de vocês, ele irá morar com a gente a partir de hoje, espero que vocês possam se dar bem.” 

Um grande falatório de questionamento tomou conta da sala de jantar, a garota de antes da qual agora tem um nome, Marina, foi a primeira. “Sobrinho? Você nunca nos falou dele, pelo que sabemos você não tinha família” Júlia por sua vez apenas olhava o seu prato de comida, da qual começou a comer primeiro que todo mundo, se negou a responder qualquer pergunta feita ali, o garoto chamado Murilo apenas perguntou aonde que ele iria dormir, e a resposta foi “no quarto de visitas”, mas ainda havia uma figura que Dante desconhecia naquela sala, chamada Aurora, uma garota de seis anos de idade que era legitimamente a única filha de Júlia ali, pois além de ser a cara dela o restante eram apenas enteados.

- Você é bonito! – disse ela do nada em meio o bate boca na mesa, o que tirou um meio sorriso do Dante, pelo menos alguém ali estava do seu lado, foi o que pensou.

Durante toda a semana Júlia não abriu a boca para falar com o Dante, e nem a olhá-lo, ela também passava a maior parte do tempo fora de casa na clínica, e quando ela chegava em casa no fim da tarde, ele já tinha saído para a escola, mesmo assim eles tinham o mesmo habito em comum, acordar cedo.

Dante levantou de sua cama e após tomar um banho desceu em direção a cozinha para tomar seu café, mas notou um aparelho celular em cima da mesa, ele ligou e deslizou o dedo destravando-o já que estava sem senha, na foto de fundo estava Júlia e Augusto, mas ao verificar fotos e redes sociais logadas viu que pertencia a sua tia, ele abriu um leve sorriso e pegou o aparelho indo para a parte de trás da casa, aonde havia uma piscina de tamanho médio, então  foi até a beira dela e começou a bater diversas fotos de si, por fim escolheu a melhor e botou como fundo, voltou para a cozinha e colocou o celular aonde estava e se assentou para tomar o café. Em menos de cinco minutos Júlia desceu e foi tomar o seu café, sentando do outro lado da mesa.

- Bom dia titia – disse Dante de forma alegre para Júlia, que fingiu não ouvir, então Dante voltou a se concentrar no seu café da manhã como se não houvesse falado nada.

Passado alguns instantes, Júlia notou a presença do seu celular em cima da mesa e então pegou e começou a mexer, sua expressão indiferente mudou para a de uma pessoa que estava prestes a tirar satisfações.

- Dante.. o que pensa..

- Bom dia – apareceu o Augusto de trás dela a fazendo parar de falar na mesma hora, afinal ela havia se sentado de costas para a porta não tendo visão de quem entrava.

- Bom dia. – responderam em uníssonos, Augusto se sentou na ponta da mesa e começou a tomar o seu café também.

- Você tem levantado cedo esses dias também, algo em especial?

- Não muito, estou apenas entregando alguns currículos.. – disse Dante sem muita importância.

- Currículos? – Disse com cara de surpresa. – não é tão fácil conseguir algo nesta idade.
.
- Eu sei.. mas eu não consigo ficar parado, como eu trabalhava com minha mãe na loja desde cedo talvez isso ajude como experiência.

- Na loja? Você fazia exatamente o que? – perguntou curioso.

- Ajudava ela na administração, emissão de nota, contagem de estoque, controle do financeiro..

- Nossa.. é um garoto prodígio!

- Eu também vou fazer dezesseis anos em menos de dois meses, talvez isso ajude em algo.

- Sabe Dante, estou pensando em algo.. – Augusto encarava a mesa enquanto de repente a Júlia começou a encará-lo como se quisesse impedi-lo de fazer alguma besteira, mas sem muito sucesso. – Ao invés de ir entregar currículos hoje, porque não vai fazer um teste de emprego?

- É sério? – retrucou Dante animado.

- É apenas um teste, estamos sem um auxiliar administrativo no momento, se você se sair bem hoje nós podemos fechar um acordo.

- Parece ótimo!

- Não. – os dois olharam para a Júlia. – Quero dizer... ele não pode assumir o cargo de um auxiliar... ele não tem idade e nem competência para isso – ela falava de maneira nervosa.

- Obviamente não poderei registrá-lo, mas isso só será decidido se ele passar no teste.

- Sem compromisso, entendido. – concordou Dante e voltou a olhar pra Júlia que parecia aquelas crianças mimadas quando contrariadas.

- Façam como quiserem, eu vou na frente. – Ela se levantou e colocou o celular dentro da bolsa e saiu rapidamente pela porta da sala, enquanto Dante e Augusto saíram logo atrás no carro dele.

Dante podia não conhecer o setor, a nomenclatura utilizada,  mas ele era bom, realmente bom em aprender as coisas de forma rápida, era como se o que fosse falado para ele fosse 90% memorizado de primeira, fazendo assim com que ele executasse o serviço de forma correta sem precisar pedir para que expliquem e expliquem de novo, algumas coisas ele já estava familiarizados, e o resto ele aprendeu. Augusto sempre que tinha um tempinho passava na sala aonde ele estava e se informava com a supervisora do departamento como ele estava se saindo, e as respostas eram sempre positivas. Já a Júlia praticamente não foi vista por Dante no resto do dia, e ao final, ele foi até a sala do Augusto.

- Posso entrar?

- Claro!

Dante entrou na sala do Augusto que era ainda maior do que a sala de Júlia, a decoração era bem similar, como se fosse padrão de toda clínica, e então se assentou na cadeira de frente para a mesa.

- Eu conversei com a supervisora... e parece que eu tive uma boa ideia pela manhã – disse de maneira descontraída.

- Espero que sim.

- Eu gostei do seu serviço Dante – disse se arrumando na cadeira. – Esse vai ser um cargo de confiança, eu não te conheço muito, na verdade conheço muito pouco, mas sinto que é a coisa certa a se fazer.

- Se o meu serviço foi satisfatório, gostaria que avaliasse a partir disso, sem ressentimentos passados.
Dante disse de uma maneira séria, mas não grossa, demonstrou um pouco de frieza mas na verdade era a recusa de um mero favor. Augusto ouviu com atenção aquelas palavras e após alguns segundos conseguiu absorver um pouco do sentimento ou ausência dele que ali demonstrava.

- Você está certo! – disse por fim. – Você é novo mas já tem um caráter formado e uma boa personalidade, isso é bom! Vamos negociar.

Eles então negociaram, Augusto não poderia registrá-lo, porém eles fizeram um acordo de horário, ele iria trabalhar como se fosse um estagiário, seis horas por dia, de segunda a sexta-feira, os dias que trabalhasse por mais tempo ganharia hora extra, e além de tudo o Augusto pagaria o INSS dele por fora, para não ter nenhum prejuízo. Dante não tinha o que reclamar para aquele exato momento, foi uma boa negociação que favoreceu a ambos, ele teria alguém que faria o trabalho de um auxiliar sem receber o mesmo salario e sem registro em carteira, o que já era um bom alívio financeiro, já o Dante teria um emprego, teria a mente ocupada e receberia algo na faixa por isso, foi justo.

[...]

Passaram-se sete meses desde que Dante começou a trabalhar na clínica, já tinha dominado todo o serviço, cumpria os seus horários da maneira correta e conseguia conciliar facilmente o serviço com a escola. Júlia só falava com Dante quando era necessário, senão ela poupava seus esforços, Dante não conseguia entender o comportamento de sua tia, eles “deixaram de ser uma família” quando tinha apenas três anos de idade, é uma idade pouca demais para alguém fazer algo que deixe outro alguém tão irritado com sua presença, porém Dante não gostava de confusão e nem discussão desnecessária, ele também não tinha interesse em falar com ela no momento, então era um impasse.

Dante saiu da sala em que trabalhava com mais duas pessoas, o corredor estava bem silencioso devido ao horário de almoço, então com cautela, ele adentrou a sala de Júlia, como sempre fazia, “saiu para almoçar com o Augusto e deixou sua bolsa no armário destrancado” pensava ele enquanto trancava a porta com calma, acendeu a luz da sala e foi direto para o armário da qual abriu e pegou a carteira de Júlia, colocando dentro de sua mochila, e saiu pelo corredor ainda vazio sem levantar nenhuma suspeita.

- Eai.. conseguiu sair?

-  Sim, estou quase chegando, e você?

- Chego daqui uns dez minutos. – Dante desligou o celular com um sorriso mal intencionado no rosto, mais uma vez ela havia conseguido.

Marina tinha longos cabelos pretos, ondulados que balançavam em sintonia com o seu corpo enquanto andava de forma rápida para chegar em casa, não era nem a primeira, nem segunda e nem terceira vez que cabulava aula para se encontrar com o Dante. A aproximadamente uns quatro meses, eles começaram a se ver as escuras, por mais que morassem na mesma casa, Dante não queria ser descuidado, então fazia questão de tomar o máximo de cuidado, como trabalhava com Augusto e Júlia, sabia exatamente os horários em que eles chegavam e saiam, então era sempre ele que combinava a melhor hora com a Marina.

Ao chegar em casa, Dante logo viu a Marina deitada no sofá, sem seu uniforme, com uma outra roupa, mais a vontade, ela se levantou indo até ele lhe dando um beijo mais afetuoso.

- Chegou rápido. – disse ele a encarando.

- Consegui sair mais cedo pra termos mais tempo. – Dante deu um sorriso safado.

– Eu vou me trocar também, já já eu desço.

- Não é melhor irmos para um dos quartos? – Perguntou a garota com certa preocupação.

- Vamos tentar algo novo hoje.

Ele pegou sua mochila e subiu as escadas, enquanto ela voltou a se deitar no sofá pensando naquelas palavras. Ao chegar no corredor aonde ficava os quartos, Dante olhou para trás pra ter certeza que não estava sendo seguido, então entrou no quarto de Júlia e trancou a porta. Ao abrir sua mochila ele pegou a carteira de Júlia e a abriu, após fuçar um pouco ele retirou uma folha de cheque lá de dentro colocando em seu bolso, e por fim botou a carteira em cima da cômoda do quarto e saiu de lá. Em seguida, ele entrou no seu quarto e escondeu o cheque num lugar que não poderia ser encontrado facilmente, e então se trocou, descendo as escadas e foi em direção á sala.

- Estava com saudades – disse Marina indo em direção a ele, ao se aproximar, passou as mãos em volta da cintura do Dante. – semana passada não tivemos muito tempo... – ela falava de maneira manhosa, como se aquilo tivesse mesmo sido ruim pra ela, e ele sorriu com o jeito inocente da garota.

- Vamos dar um jeito nisso – ele sussurrou próximo ao glóbulo do seu ouvido, o que causou um arrepio na sua pele naturalmente caramelada. 

Ela o encarava como se tentasse descobrir os seus próximos movimentos, então ele a segurou por trás do pescoço de forma calma, mas também provocativa, por baixo dos seus cabelos, a trazendo para ele e a beijando, a mão que estava na cintura por cima da blusa foi para de baixo do tecido, fazendo que com ela gemesse entre o beijo enquanto ele apertava sua cintura nua, eles então aprofundaram o beijo, conforme suas línguas dançavam Dante desceu as suas mãos para as coxas grossas da menina de pouca idade com corpo maduro, a levantando e fazendo com que as suas pernas se entrelaçassem em volta de sua cintura, a levando assim de volta para o sofá, deitando-a, afastando as almofadas em volta.

- Está nervosa? – perguntou de forma mais provocativa do que tranquilizante.

- Estou.. mas de uma forma boa – disse e sorriu, Dante então debruçou o seu corpo contra o dela colocando sua boca em seu pescoço, mordendo de leve, fazendo a respiração da garota ficar mais irregular do que já estava, ela em troca passou a sua mão pelas costas dele por baixo da camisa, arranhando de leve com a suas unhas, como se fosse uma competição, Dante desceu a boca próximo do grande decote de sua blusa, e então..

- O que é isso? – Marina empurrou o Dante de cima dela com o susto, e ambos olharam de maneira suspirante para a porta, e era como se a visão do mal tivesse se materializado ali, era Júlia. – Eu fiz uma pergunta!!! – disse de forma extremamente irritada.

- Está tão velha assim que não sabe mais como faz essas coisas? – ironizou Dante enquanto se levantava de cima da garota.

- Você está muito encrencado moleque – era como se olhar dela pudesse enviar o Dante direto para o fogo - JOSEPHA?

Em menos de um minuto a empregada atravessou a sala correndo ao ouvir o grito de Júlia, ela praticamente não conseguia levantar o rosto para encará-la.

- Pois não senhora.

- QUE PALHAÇADA É ESSA QUE ESTÁ ACONTECENDO NESSA SALA QUE VOCÊ NÃO FEZ NADA?

- Se-senho..

- VOCÊ AGORA É A QUE ENCOBERTA ELES? SAI DE CENA PRA ELES TRANZAREM NO MEU SOFÁ?

- NÃO FALE ASSIM COM ELA! – gritou Marina se levantando do sofá e se aproximando de Júlia.

- ENTÃO É A VERDADE? – Júlia olhou pra Marina e em seguida voltou o olhar para a Josepha – está recebendo algo para sair de cena? VOU TE DAR ALGO PRA FAZER ENTÃO! – Júlia agarrou o vaso que estava na mesa de canto e jogou com toda a sua força no chão, fazendo com que os estilhaços se espalhassem. – TERMINE ISSO E PEGA AS SUAS COISAS, NÃO PRECISO MAIS DE VOCÊ!

.. O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – Gritou Marina se aproximando da empregada que começava a chorar enquanto pegava os cacos na mão. – VOCÊ NÃO É NINGUÉM PRA DEMITI-LA!

- E VOCÊ É O QUE GAROTA? UMA VADIASINHA COM FOGO QUE FICA SE ESFREGANDO NO SOFÁ?

- NÃO É DIFERENTE DE VOCÊ QUE FAZ ISSO COM OUTROS HOME..

Júlia desceu o tapa na cara da Marina, fazendo assim Dante se aproximar das duas.

- EU TE ODEIO JÚLIA, VOCÊ ESTÁ MUITO LASCADA AGORA!

- AÉ?... ESTOU? – disse com cara de quem fosse ainda ganhar uma guerra – abre a boca sobre esse tapa, que eu contou o que você e seu namoradinho estavam fazendo.. quanto a você.. – disse olhando pro Dante respirando fundo – Augusto nunca o perdoaria por isso, pode dar adeus pra essa casa..

Dante a encarava de forma indiferente, mas olhava bem no fundo dos seus olhos, como se lê-se ela por inteiro, até ela parar de encará-lo de volta.

- Saia da frente – disse Júlia empurrando a Josepha que estava a sua frente catando os cacos de vidro e subiu as escadas em direção ao quarto, Marina por sua vez foi até a Josepha.

- Calma.. está tudo bem agora, vai pro seu quarto, deixa que eu cato isso.

- Eu não tenho pra onde ir. – disse a mulher de quase quarenta anos chorando.

- Você não vai pra lugar nenhum, vai pro seu quarto, quando meu pai voltar tudo vai voltar ao normal, ok? – Marina disse e ela concordou com a cabeça se levantando e saindo.

Do andar de baixo eles ouviam nitidamente os passou fortes de Júlia pelo corredor, algo estranhamente incomum.

- Eu já volto.. – disse Dante subindo as escadas fazendo sinal com a mão para que Marina continuasse lá em baixo.

Conforme se aproximava do quarto de Júlia mais alto ele ouvia o som de móveis batendo, e até grunhidos da parte dela, Dante se encostou na parede de frente para a porta do quarto dela que estava aberta, enquanto ele a via andar de um lado para o outro desesperada.

- Procurando algo? – Dante perguntou, Júlia parou o que estava fazendo e olhou para trás, o avistando com os braços cruzados enquanto a encarava com uma cara enigmática. Ela foi andando em direção a ele com o olhar um pouco assustado, demonstrando dúvidas e receios, como se na sua cabeça se passasse mil e uma possibilidades, ela se aproximou dele até ficar cerca de meio metro de distância.. ela abriu a boca, mas por um momento hesitou. – Eu fiz uma pergunta – disse de forma irônica.

- ... você..

quarta-feira, 30 de março de 2016

Recomendação e Reflexão: As aventuras de PI


Estava a meditar e me perguntei: Por que não entendi esse filme? – Como resposta assisti de novo.

O filme ‘ As aventuras de Pi’ , retrata a história de uma família dona de um zoológico na Índia que resolvem se mudar para o Canadá, viajando a bordo de um navio cargueiro.


A história em si é em volto do naufrágio do navio, onde Pi consegue sobreviver em um bote (barco) salva-vidas com a companhia de um tigre. Ao fim, dois japoneses representantes da empresa de seguros vão perguntar a Pi sobre o fator causador do naufrágio, ele então conta uma história com duas versões, uma delas é a que se passa o filme, destacando um lado religioso forte, uma história com animais, mística e claro de sobrevivência, a outra versão é onde o Cozinheiro era a Hiena, o Comandante a Zebra, a Mãe o Orangotango e ele o Tigre, e é ai onde deixa o público em dúvida.. já assistiu ? Qual final você escolheu, o místico ou o racional? – lembrando, só existe uma verdade! 

segunda-feira, 28 de março de 2016

Capítulo 01

Três horas da manhã, diz o relógio pendurado na parede bege atrás da balconista, os seus olhos lacrimejavam devido ao sono do momento, mas agora poderia tirar pelo menos um cochilo decente em uma cama ao invés de sentado num banco duro de um ônibus.

- Aqui está, Dante Sanches, reserva antecipada por Walter Correia.

- Isso mesmo. – disse ele enquanto olhava discretamente o local a sua volta.

- Esta é a chave do seu quarto – ela o entregou a chave e olhou em seguida para um rapaz meio pardo que parece ter se transportado de forma sorrateira para o lado dele, pegando assim as suas malas, ele o seguiu em direção ao aposento. 

Ao entrar no quarto, Dante colocou suas bagagens no canto da parede e foi direto para a cama, o clima quente do lugar nem fazia necessária a utilização de coberta ou edredom, realmente Duque de Caxias era mais quente do que o clima de São Paulo, mesmo tirando a camisa o calor era incomodo, porém era aquela uma consequência que ele deveria relevar tendo em vista que aquele local em si deveria ser temporário, ele deveria agir de maneira rápida, pois não tinha intenção de viver em uma pousada, porém os seus pensamentos foram afastados assim que foi vencido pelo forte sono.

Seis da manhã e ele já estava de pé, havia tomado um banho gelado na tentativa de se refrescar do mormaço forte, se trocou e abriu uma de suas malas, pegando três itens, uma foto de família da qual ele fitou por alguns segundos, um pen drive e uma carta que ele simplesmente pegou e dobrou para por no bolso, colocando a foto no outro bolso de sua calça de forma que não poderia ser amassada.

O ponto estava semi cheio, e ele se informou do endereço que procurava para as pessoas ali, recebendo a informação de qual ônibus deveria pegar, após uns dez minutos aguardando, o ônibus chegou. 

Era uma cidade bonita, parecia agradável de se viver, afinal ele pretendia passar alguns anos ali, ele retirou a carta do bolso e encarou o logotipo do remetente, clínica Vital, era esse o lugar que procurava, o endereço já tinha até gravado em sua memória, ele pediu para o cobrador avisar quando chegasse próximo  da clínica, e passado alguns minutos ele deu sinal e desceu do ônibus, já era possível ver a clínica da onde ele estava, era relativamente grande para um clínica de estética qualquer, era bem apresentável, Dante indagou várias possibilidades quando viu o lugar e foi caminhando do outro lado da rua. 

Chegando mais perto Dante entrou em uma lanchonete que dava quase de frente ao hall de entrada da clínica, ele se sentou e pediu o seu café, pois havia sido cedo da pousada sem comer nada, o garçom trouxe o seu pedido e ele continuou ali após terminar, aquele seria o seu quartel general, poderia ficar o dia inteiro ali se fosse necessário, afinal só começaria sua nova escola na segunda-feira e seria no horário noturno, então ele podia se focar ali, pois precisaria de mais informações antes de ir para a ação.

Por volta das sete e vinte da manhã, um carro branco, do ano, e visivelmente caro adentrou o estacionamento, chamando assim a atenção do Dante, quando foi passar na catraca para abrir a cancela, uma mulher ruiva, aparentando ter faixa de uns trinta e cinco anos, bonita, colocou parte do corpo para fora da janela do carro para colocar o seu cartão, Dante olhou atentamente para a mulher sem desviar a atenção, somente quando ela entrou de vez com o carro que ele voltou em si retirando do bolso a foto, ele a encarou, na foto estava sua mãe Verônica, que o segurava no colo tendo ele seus quase três anos de idade, do lado esquerdo dela estava o seu pai, Caleb, entre ele e Verônica, estava o seu irmão, de cinco anos de idade, e do outro lado de Verônica estava a sua única irmã que era mais nova que ela, jovem, ruiva, bonita, na faixa dos seus vinte e um anos, Júlia.

Quando deu meio dia e meia o carro em questão saiu do estacionamento, e como havia um ponto de taxi do outro lado da rua, Dante entrou em um, pedindo para seguir aquele carro branco de maneira sutil, para não levantar suspeitas, após menos de dez minutos, o carro parou em frente uma bela casa, grande, mas não como uma mansão, mesmo assim era explícito o seu valor. Ela saiu do carro, estava bem vestida, com uma saia preta e uma blusa bege que deixava seus ombros expostos, ela levantou o óculos e Dante pôde ver melhor o rosto dela, estando ele parado numa esquina próxima a casa, ela entrou no imóvel enquanto ele ficou ali aguardando, após uns vinte minutos dois adolescentes apareceram e entraram na casa, uma menina que aparentava ter a mesma idade que o Dante e um garoto mais comprido, talvez um ou dois anos mais velho que ele. Passada uma hora ela voltou aparecer entrando no carro e partindo, fazendo assim o motorista do táxi a voltar a ligar o motor e como Dante suspeitava, eles voltaram para a clínica.

Era cerca de quatro horas da tarde, o carro não saiu de novo e Dante já tinha almoçado ali, na lanchonete, o mesmo lugar em que tomou o seu café da manhã, ele olhou no relógio meio apreensivo, não porque tinha hora marcada, mas porque ele devia finalmente dar o próximo passo, ele se levantou do banco em que estava e atravessou a rua indo em direção ao hall de entrada.

O lugar era bonito, sentiu um certo arrepio mas era devido ao ar condicionado do local, a recepção se encontrava um pouco vazia, tendo somente três pessoas no banco de espera, ele olhou em volta do local como se procurasse algo e então foi até a recepcionista do lugar.

- Boa tarde.

- Boa tarde, em que posso ajudar? – Ele se aproximou mais do balcão como se não quisesse que as outras pessoas ali soubessem do assunto.

- Eu gostaria de saber se a Júlia trabalha aqui.

- Quer dizer..a Doutora Júlia?

“Doutora Júlia?” pensou ele, ela é doutora então? Sua tia havia virado médica? Era uma informação nova.

- Sim, ela se encontra?

- É referente a alguma consulta?

- Não, diz que é o sobrinho dela, o Dereck que está aqui. – a moça demonstrou uma certa indagação como resposta, mas imediatamente assentiu com a cabeça e telefonou para o ramal da outra sala.

- Doutora Júlia... o seu sobrinho Dereck está aqui pra falar com a senhora. - Geralmente numa conversa telefônica profissional, as respostas são imediatas, ainda mais quando o assunto envolve também família, algo que deve ser visto de modo afetuoso, porém parece que a resposta foi o silêncio – Doutora? - Dante tinha um olhar tranquilo porém parecia estar elétrico por dentro – bem.. – a recepcionista expressava um certo nervosismo em sua conduta – Quantos anos você tem?

Dante sentiu uma leve vontade de rir por dentro, mas se conteve.

- Tenho dezessete.

- Dezessete anos, doutora... bem – ela colocou a mão próximo a boca como se não quisesse que ele a ouvisse -  castanho claro, se veste bem, boa aparência.. e-está bem senhora. Aguarde um momento que ela já vai descer para atendê-lo.

- Ok, obrigado.

Dante se virou e foi em direção aos bancos, uma senhora que estava sentada no aguardo, o encarava de forma descarada, como se tivesse ouvido toda conversa e não entendia o que se passava, ele porém apenas ignorou respirando um pouco mais pesado do que antes, era agora ou nunca.

Passado cerca de quinze minutos, Dante já estava se sentindo receoso, ainda mais pelo fato de agora estar só ele e a senhora no local, que parecia tentar lê-lo a qualquer custo, até que finalmente a porta balcão que se encontrava um pouco mais a frente se abre, fazendo assim uma mulher com semblante sério passar por ela, porém quando chegou na ala em que estava, vendo que ele não estava sozinho ela abriu um sorriso indo até ele, que se levantou no momento em que ela se aproximou.

- Dereck, mas que surpresa! – Disse ela com um sorriso animado no rosto o puxando para um abraço, que ele retribui na mesma forma.

- Estava com saudades. – disse ele olhando diretamente em seus olhos e por um momento era como se o riso dela tentasse se apagar, mas aquele não era o momento certo para isso.

- Vamos..vem comigo.

Júlia se virou e passou a andar o mesmo caminho que havia feito segundos atrás e Dante apenas a seguiu. Ao passarem pela porta balcão o silêncio do lugar tomou conta, eles subiram as escadas sem pronunciar uma só palavra, e mesmo de costa, Dante sabia que Júlia já havia encerrado o sorriso de antes.

- Vire à direita, nº 10. – disse ela ainda de costas virando para a esquerda com certa indiferença na voz, mas conforme orientado, Dante virou a direita e logo a frente viu uma sala de número 10 e então abriu a porta, estava escura então ele acendeu a luz, era uma sala grande com uma boa decoração, ele encostou a porta atrás de si e passou a andar pela sala, as paredes eram cinza claro, havia uma estante com bastante livros e na mesa a sua frente alguns papéis, computador, e uma foto, ela abraçada a um homem, ele sabia quem ele era, não tinha lembrança alguma dele, mas sabia de algo, era o marido de Júlia, quando tudo aconteceu eles eram apenas namorados, é o que dizem.

A porta se abriu logo atrás fazendo com que ele colocasse o porta retrato de volta na mesa, se virando em seguida para ela, que não manifestou uma única palavra até se sentar na sua cadeira confortável e aparentemente “arrumar o porta retratos que estava numa posição errada”.

- Preciso confessar que estou surpresa, e eu sou difícil de se surpreender – disse querendo rir enquanto Dante a encarava de maneira séria em frente a sua mesa. – o que pretendia em se apresentar aqui como o seu irmão morto? – ela finalmente riu – eu não acredito em fantasmas, Dante.

- Com certeza não.

- Por acaso pensou que eu não atenderia se falasse que era você?

- E atenderia? – Júlia fechou o semblante como se tivesse enojada.

- O que está fazendo aqui?

Dante olhou para trás e viu uma cadeira vazia e se sentou, como se estivesse cansado após participar de uma corrida, e então a olhou nos olhos.

- Preciso de um lugar pra ficar, vim morar com você.

Júlia se desencostou da cadeira se inclinando pra frente enquanto ria como se ouvisse a piada mais engraçada de todas, Dante apenas a encarava já imaginando o que tinha por vir.

- Você acha que eu tenho cara do que? Freira de orfanato? – voltou a dar risada do garoto a sua frente que tinha um expressão insondável – volte pra casa dos seus pais, garoto.

- Não tenho mais pais.

- Estou falando dos adotivos – disse de maneira esnobe.

- Eu também – ele franziu o cenho de maneira nervosa. – não tem ninguém em casa, NINGUÉM!
Júlia voltou a se encostar na cadeira encarando Dante por pouquíssimos segundos.

- O que aprontou dessa vez, Dante? – Disse com ar de curiosidade.

- Eu? – Ele se levantou da cadeira respirando fundo. – Lembra-se da Úrsula? Minha mãe adotiva da qual você rejeitou a carta? – Ela fez um gesto com o olhar como sinal para ele continuar. - ela está morta!

- Que? – disse rindo de forma descrente.

- Qual o seu problema, hein? – Dante se aproximou da mesa apoiando suas mãos nela – EU VIVI O INFERNO NAQUELA CASA, POR CULPA SUA!

- Como é?

- OLHA.. O PEDRO ESTÁ NA CADEIA AGORA, E SABE POR QUÊ? – ele tentou controlar o tom de voz pois aquilo não era fácil de dizer – pelo fato de estuprar o seu filho adotivo.

- Você..você? – Júlia colocou a mão na boca não acreditando  – Mas... – ela mexia a mão no ar como se procura-se uma resposta -  o que eu tenho a ver com isso?

- PRESTA ATENÇÃO AQUI, TITIA... – Dante se aproximou dela dando a volta na mesa fazendo ela levantar da cadeira em que estava – eu nem ao menos te conheço, mas se tem uma pessoa que eu não gosto é você.. você.. – ele tinha até asno em citá-la - VOCÊ ME LARGOU NUM ORFANATO AOS TRÊS ANOS DE IDADE E POR SUA CULPA EU FUI ADOTADO POR UM LOUCO QUE ME ABUSOU POR ANOS ATÉ FINALMENTE SER PRESO E A ÚNICA PESSOA QUE AINDA SE IMPORTAVA MORREU POR DEPRESSÃO... SE VOCÊ TIVESSE PELO MENOS UM POUCO DE CONSCIÊNCIA..

- CALA A BOCA! – gritou ela também de forma irritada - VOCÊ ACHA QUE PODE CHEGAR NA MINHA CLÍNICA E FICAR FAZENDO ESCANDÂLO? QUER SABER? EU NÃO QUERIA COMPROMETER A MINHA VIDA PARA CUIDAR DE UMA CRIANÇA, EU NEM CASADA ERA, NÃO IA ASSUMIR ISSO..

- MAS AGORA VOCÊ É.. – disse ele a segurando pelos ombros e a pressionando na parede, ele era uns dois dedos mais alto do que ela, e mesmo com apenas quinze anos ele já tinha força para fazer aquilo, seu corpo chegava a tremer devido a raiva que sentia ao falar tudo aquilo. – Eu não vou pra São Paulo titia, você é minha única parente viva..

- SAI DAQUI – Júlia deu um belo de um empurrão no Dante fazendo ele ir pra trás e assim saindo de perto dele – EU NÃO SOU OBRIGADA A NADA, ESTÁ OUVINDO? A VIDA É MINHA E EU NÃO QUERO VOCÊ NELA..

- O QUE É ISSO AQUI?

Uma voz grossa e alta ecoou pela sala fazendo tanto Júlia como Dante olharem para a porta.

- A-Augusto..não é nada..

- Quem é você? – disse ele para o garoto ignorando a Júlia.

- Eu já disse que não é nada.

- FIQUE QUIETA JÚLIA! – Júlia olhou para o chão como se estivesse detestando aquela humilhação. – EU PERGUNTEI QUEM É VOCÊ, QUE ESCÂNDALO É ESSE NA MINHA CLÍNICA?

Obviamente aquela clínica não pertencia a Júlia, isso só confirmava os fatos, mas o fato de ter que falar tudo de novo causava até repulsa no Dante.

- Acho que se lembra de mim mais do que eu de você.

- Do que está falando? – disse de maneira séria sem paciência.

- Sou o Dante, sobrinho da sua digníssima esposa – disse com ironia - ouvi falar que você foi com ela me botar no orfanato a doze anos atrás... acontece que a família que me adotou não foi tão boa assim, minha mãe adotiva está morta e o marido dela finalmente foi preso após anos e anos me abusando dentro de casa... eu só tenho ela de parente – disse apontando para a Júlia – minha mãe acabou de morrer e eu não vou voltar para aquela casa.. – Dante parecia a ponto de um colapso, ele abaixou a cabeça esfregando a sua mão no rosto – aqui está. – ele tirou do bolso o pen drive e estendeu a mão para o Augusto que pegou o objeto receoso. – Aí estão as provas de tudo o que estou falando. – Júlia olhava para Augusto como se estivesse gritando um não bem grande.

- Você..sinto muito – Dante não respondeu, continuou olhando pro chão recuperando um pouco do ar. – Preciso conversar a sós com sua tia.

Dante saiu da sala, passou pelo corredor e ficou sentado numa cadeira em uma parte para os pacientes aguardarem, ele encostou sua cabeça na parede como se ela carregasse o peso do mundo inteiro. Passado cerca de uma hora e meia depois, ele já tinha quase que tomado toda a água do bebedouro, finalmente alguém saiu daquela sala e foi em direção a ele.


- Dante! – ele levantou o olhar o encarando – vem comigo, vamos pegar suas coisas, você vai ficar conosco.